Adolescente Baleada na Maré Deixa UTI e Consegue Ficar de Pé; Tia Agradece: 'Obrigada por Este Milagre, Senhor'
- Miguel Trevisol
- 20 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de out. de 2024
Valentina Betti Simioni, de 14 anos, está internada em estado estável no Hospital Getúlio Vargas após ser baleada.
Valentina Betti Simioni, de 14 anos, recém-operada após ser baleada no Complexo da Maré, conseguiu se levantar no hospital e abraçou sua tia, a influenciadora e empresária Kamila Simioni. Kamila agradeceu a Deus pelo 'milagre' e elogiou a equipe de Saúde do Hospital Getúlio Vargas que cuida da jovem. Ela também celebrou a alta da UTI da sobrinha. Em comunicado, a direção do hospital informou que Valentina 'está estável e sendo monitorada por uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgiões gerais, neurocirurgiões e intensivistas'. A família também recebe apoio dos serviços de assistência social e psicológica da unidade.
Na tarde de quinta-feira, a Polícia Civil anunciou que identificou os dois suspeitos responsáveis pelos disparos que atingiram a adolescente Valentina Betti Simioni, na Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré. A jovem foi baleada após seu pai, Michel Simioni, ter errado o caminho ao tentar retornar à Linha Amarela.
De acordo com a nota oficial da Polícia Civil, equipes da 21ª DP (Bonsucesso) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) iniciaram diligências assim que tomaram conhecimento do caso, levando à rápida identificação dos envolvidos. As investigações estão em andamento, com diligências contínuas e sob sigilo.
'Quando você vê, já está lá dentro'
Valentina foi atingida na região lombar e deixou o CTI na manhã de quinta-feira. O pai da adolescente relatou que ela já está conversando e usando o celular.
'Nós saímos de casa felizes, por volta das 9h da manhã, a caminho da praia. Não sei o motivo, mas o GPS recalculou a rota e nos direcionou para dentro da comunidade. Quando percebemos, já estávamos lá dentro', contou Michel Simioni, pai de Valentina.
Michel Simioni relatou que os criminosos dispararam seis ou sete tiros. Inicialmente, ao perguntar à filha se havia sido atingida, ela respondeu que não. Porém, ao sair da comunidade, Valentina afirmou: 'Papai, tomei um tiro, sim'. Desesperado, o pai acelerou em busca de ajuda.
Amigos e familiares enviaram mensagens de apoio para Valentina nos stories de sua página no Instagram. 'Valentina significa valente, forte, vigorosa, cheia de saúde', diz uma das mensagens de encorajamento.
Eu tenho fé que logo, logo você sairá do hospital com saúde, e estaremos todos juntos, os sobrinhos e as irmãs comemorando sua vida’, escreveu um familiar em outra mensagem de apoio.
Michel e Valentina, que são mineiros, estavam no Rio de Janeiro para uma visita ao consulado americano no Centro, com o objetivo de tirar o visto. A adolescente foi baleada quando retornavam para a Barra da Tijuca, onde estavam hospedados.
Entenda o caso
Pai e filha estavam em uma Mercedes GLA preta. Ao tentar retornar para a Linha Amarela, Michel Simioni entrou por engano na Avenida Guilherme Maxwell, próxima ao Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR). A área em que se encontraram, conhecida como Tijolinho, faz parte da comunidade Baixa do Sapateiro, dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP). Essa é uma das 16 comunidades que compõem o Complexo da Maré.
Na Avenida Guilherme Maxwell, esquina com a Rua da Gratidão, Michel e Valentina foram abordados por criminosos armados com fuzis, que estavam em um HRV azul, com placa não identificada. Os bandidos ordenaram que Michel parasse o veículo, mas ele, assustado, acelerou e fugiu. Nesse momento, os criminosos atiraram contra o carro, atingindo a adolescente.
Ao sair da comunidade, Michel encontrou uma viatura do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) na Avenida Brasil e pediu ajuda. Eles foram imediatamente levados ao hospital. Policiais da 21ª DP (Bonsucesso) foram até a unidade de saúde para ouvir o depoimento de Michel, e agora trabalham para identificar os criminosos que atacaram ele e a filha.
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